sábado, agosto 14, 2010

Budens, em 1841

No livro «Corografia ou Memoria Economica, Estadistica, e Topografica do Reino do Algarve», de João Baptista da Silva Lopes, de 1841, o autor escreveu o seguinte sobre Budens:
«Budens, aldeia maior que as antecedentes, situada em planície um pouco elevada, com boas terras de pão, algumas vinhas e figueiras, mais gado principalmente vacum, que já aqui é mais corpulento. Boa fonte de exceelente água na estrada que segue para Lagos, e que não tem diminuição. O povo da Figueira 1/4 de légua (em 1841 uma légua deveria equivaler a 6.600 metros) a Oeste na mesma estrada faz parte da freguesia; assim como os casais de Vale de Boi 1/4 de légua a Este também na estrada. Muita pedra de cal, de que fazem fornos. Os dízimos da massa grossa andarão arrendados por 850 mil réis, e no ultimo arrendamento por 450, e as miúças (antigos dízimos, que se pagavam à Igreja, em géneros por miúdo) por 105: a fábrica da igreja possui 30 alqueires (14,9 e 15,7 litros, sobretudo no interior e no sul) de trigo em foros. El-rei D. Diniz concedeu licença a João Cordeiro de Lagos para fazer ameias na sua torre de Budens por carta de 22 de Dezembro de 1323. Nesta aldeia só caíram 7 casas pelo terramoto (1 de Novembro de 1755); muitas sofreram ruínas, e a igreja teve algumas rachaduras. Confina com a Raposeira a Oeste, Carrapateira e Bordeira a Norte, Barão de S. Miguel, e Srª da Luz a Este e mar ao Sul».